Neste ano a Comunidade bororo fez uma romaria carregando bem alto os nomes dos dois heróis: o gesto de amor foi promovido pelo Sr. Bispo da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga, Dom Juventino Kestering, e guiado pela senhora Leonida Akíri Kurireúdo; e, para fazer memória dos dois defensores dos Direitos dos Indígenas, portavam no alto a legenda “Mártires: Testemunhas e Difensores da Vida”. A Romaria tornou-se Evento, reunindo cerca de 10.000 participantes.
Sobre a tarde, à margem do Rio Vermelho, foi celebrada a Eucaristia, em sinal de louvor a Deus pelo valor do martírio. Presentes à Concelebração tremulavam também os estandartes com os Semblantes dos dois heróis que pela manhã haviam aberto a peregrinação, constituindo-se numa manifestação religiosa de “lembrança, oração, compromisso”.
Dom Juventino encorajou os fiéis a viver o Encontro como um compromisso, inclusive exortando todos a não se esquecerem do Processo de Beatificação e Martírio do missionário P. Rodolfo Lunkenbein e do índio Simão Bororo.
Refletindo sobre o Evangelho da Ressurreição de Lazzaro operada por Jesus, o Prelado convidou todos a gritar: “Levanta-te! Caminha para a Vida”. Pediu também que acendessem as velas e as luzes dos celulares para receber Nossa Senhora Aparecida, a fim de que Ela iluminasse “a escuridão do Brasil, tão dominado pela corrupção”.
A Romaria em honra do P. Lunkenbein e Simão Bororo fez memória de dois homens que deram a vida por Deus, pelo Povo, pelo direito à terra; isto é – como escreveu Dom Casaldáliga –, de dois “Peregrinos, Profetas do Reino, Pastores sociais, Defensores dos pobres”.
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