Por Xavier Costa
Xec vê a “a situação dos jovens em Duékoué, marcada pelas guerras de 1997 e de 2011. No ano passado, fizeram-se as primeiras eleições presidenciais depois da crise eleitoral de 2011, embora com o boicote de uma parte da oposição, que continua a apoiar o presidente Gagbo”.
Em dezembro, foram realizadas as eleições legislativas, às quais uma parte da oposição não apresentou candidatos. “Quando um país foi marcado pela guerra, o que se destaca por primeiro é o não reconhecimento dos resultados da parte dos partidários do governo de turno”.
Os jovens na Costa do Marfim falam da guerra. Talvez a paz e a tranquilidade que os rodeia seja aquela de quem não quer ou não pode; porque há de se comer todos os dias, pagar a escola dos filhos e filhas, cuidar dos doentes e, se possível, economizar um pouco.
Os jovens do Centro Profissional Artesanal e Rural (CPAR) participam da mesma mentalidade. “Para eles, não há uma cultura do projeto; só do imediato. Ou seja, conseguir um diploma profissional a fim de ir para o mercado de trabalho. Este desafio motiva-os, mas também os torna indiferentes à vida política do país. Muitos têm idade para votar, mas poucos participaram das últimas eleições: porque já não creem na política nem nos políticos”.
“Para os Salesianos e educadores o desafio é saber promover os valores de consciência social e responsabilidade política e não se deixar levar pela inércia da urgência de cada dia. A paz não pode ser apenas ausência de violência: deve poder ser um projeto de futuro”.