Para os que provêm de outros Países, o ‘choque cultural’ é inevitável à chegada; contudo, as dinâmicas comunitárias interculturais são facilitadas por um período precedente nas Filipinas, ao menos por um ano de pré-noviciado – que é possível fazer numa das duas Inspetorias das Filipinas – Norte (FIN) e Sul (FIS).
Na comunidade internacional, os Noviços aprendem a paciência e as demais “competências transversais” (soft skills) necessárias para aceitar o outro. Atualmente, há um bom nível de comunicação intercultural. Quem chega do ambiente católico das Filipinas traz consigo tradições e costumes seculares, enquanto os que vêm das pequenas e jovens Igrejas da Ásia oriental trazem a alegria de viver a vida missionária entre a sua gente, que em sua maioria é de crenças não cristãs.
O P. Ronel Vilbar é o Diretor da comunidade e um dos 23 Salesianos que participaram há pouco na Casa Geral de um Curso de formação para Mestres de Noviços de língua inglesa. Enquanto o P. Vilbar estava em Roma, os noviços foram acompanhados pelo Inspetor da FIS, com o Sócio e o Assistente. Dentro de dois meses, os Noviços deverão redigir seu pedido de admissão à primeira Profissão.
“Ter uma comunidade internacional não é só uma situação ditada pelas exigências das várias Inspetorias – comentam no Dicastério para a Formação –. É mais um valor acrescentado, muito relevante para esta fase fundamental da vida salesiana. Ser Salesiano de Dom Bosco significa, antes de tudo, unir-se à Congregação em seu conjunto, presente em 132 Países. As fronteiras nacionais, da própria cultura e língua, embora relevantes para a nossa educação, não são o perímetro da vocação e da missão que a Igreja confia aos Filhos de Dom Bosco. Aonde quer que um Salesiano seja enviado, o seu coração é para a salvação dos jovens de todo o mundo. Ser formado num ambiente em que a universalidade não é apenas um princípio, mas uma experiência cotidiana, faz uma grandíssima e positiva diferença no processo de formação”.