O evento começou na Eucaristia solene, presidida pelo P. Ignatius Gari, da Inspetoria de Guwahati, pelo P. Sameer Minj, jesuíta de Bangalore, e pelo P. Maria Arockiadoss, de Délhi, cujas participações, incluindo a homilia do P. Ignatius Gari sobre a importância do empenho e do apoio genuíno, e a oração reflexiva do Padre Arockiadoss, conferiram um tom de vera profundidade ao workshop. A cerimônia de inauguração também contou com uma dança-oração, realizada pelas Jovens de Prafulta.
O Inspetor, P. Sávio Silveira, da Inspetoria de Mumbai, deu as boas-vindas aos participantes e falou sobre a realização do workshop no aniversário de São João Bosco, exortando-os a focarem com prioridade nos colonos migrantes e nos deslocados temporários; e solicitando estratégias claras ao ministério dos migrantes. Ele disse que Dom Bosco também foi um migrante e precisou fazer pequenos trabalhos para se sustentar. O P. Santiagu, Inspetor da Inspetoria Salesiana de Hyderabad (INH) e Responsável pelas Redes de Jovens em Risco e Migrantes, elogiou o empenho dos participantes, destacando a necessidade de uma abordagem de apoio e conforto, e encorajou o desenvolvimento de planos de ação.
Em seu discurso, o Sr. Bispo, Dom Alwyn D'silva, referiu-se à Encíclica ‘Fratelli Tutti’, do Papa Francisco, dizendo que devemos nos tornar vizinhos dos migrantes, em vez de decidir quem sejam os nossos vizinhos. Destacou a importância do seu cuidado pastoral, especialmente daqueles que têm empregos pouco qualificados e que enfrentam exploração e falta de proteção legal. Dom D'Silva também destacou a necessidade de a Igreja acompanhar os migrantes em seu caminho de Fé.
O P. Francis Bosco, responsável pelo trabalho com os migrantes da Ásia Sul, forneceu uma visão histórica das estratégias de ‘advocacy’ de Dom Bosco para os migrantes, abordando o desenvolvimento dos seminários ‘Young at Risk’ (YaR) e as decisões do SPCSA que moldaram o Ministério dos migrantes na Índia. Ele abordou as estratégias-chave (a ligação origem-destino, os fóruns de proteção dos migrantes, as linhas diretas, a coleta de dados, além das redes e das estratégias de ‘advocacy’ – todas ações fundamentais - ) para enfrentar os desafios dos migrantes em todo o país. Christine Nathan, da Comissão Católica Internacional para as Migrações (ICMC), tratou da importância de uma resposta unida das organizações eclesiásticas e dos organismos internacionais, destacando a necessidade de práticas de trabalho justas e de justiça social, para as famílias migrantes.
Durante os dois dias de evento, os participantes assistiram às apresentações e debates, compartilharam estratégias de sucesso e identificaram desafios comuns. A mesa-redonda abordou as várias abordagens adotadas pelas províncias, apresentando os trabalhos de coleta de dados, assistência jurídica, educação e colaboração com programas governamentais. Os representantes foram: P. George D'Breo – Mumbai; P. Angel - Dimapur; P. Saji Elemmbersil – Kerala; P. Maria Arockiadoss - Délhi; P. Deepu Mathew – Karnataka; P. Rintu - Calcutá; P. Simolin – Chennai; P. Aruldoss - Andhra Pradesh; Ir. Pramila Lobo UFS – Nagaland; P. José Sequera – Goa; Ir. Lissama Joseph MSMHC - Assam; P. Ignatius Gari e P. Albert Thrymiang - Guwahati.