O congresso foi estruturado em duas partes: a apresentação de várias mesas-redondas realizadas on-line a partir de outubro de 2023 e o congresso propriamente dito, que ocorreu na Fundación Pablo VI e no centro de congressos IFEMA de Madri.
Os salesianos fizeram parte da equipe animadora da Formação Profissional por meio da participação de Miguel Esquíroz, Diretor Geral da Fundação ‘Tech Don Bosco’, da Inspetoria Espanha-São Tiago Maior; e como parte desta colaboração, na mesa-redonda de outubro sobre a Formação Profissional, Manu Iribarren, Coordenador Geral da Pastoral dos Salesianos de Pamplona, apresentou a experiência do seu centro: “Os jovens, nossos protagonistas”.
No âmbito das sessões sobre as experiências das Escolas com Ideal cristão, foi apresentada a experiência realizada por “Jóvenes y Desarrollo” e pela “Fundación Bosco Global”: «“EnRÉDate” pela interculturalidade. Cidadania transformadora promovendo comunidades educativas unidas, pacíficas e inclusivas para 2030».
Piero Fabris, Diretor Executivo do ‘Don Bosco Tech Europe0’, também participou do Congresso de Madri, fazendo uma pergunta no final da sua fala: “Dom Bosco dizia que os bons cristãos e os cidadãos honestos deviam ser formados nas suas escolas; todavia, para aumentar cada vez mais as competências técnicas, os Estados pedem-nos que dediquemos cada vez menos tempo à formação humana. Temos certeza de estar realizando o nosso trabalho educativo da melhor forma possível?”.
Entre os participantes - cerca de 1.000 pessoas das duas sedes - também se encontravam o P. Óscar Bartolomé, coordenador das Escolas Salesianas da SSM e coordenador das Escolas Salesianas para toda a Espanha; três professores do Centro de Estudos Superiores Dom Bosco (CES) – Antonio Caño, Rubén Iduriaga, José Luis Guzón – que também participou como Delegado Episcopal para a Educação da Arquidiocese de Madri; Mónica Ferrero, Coordenadora Pastoral dos salesianos de Lugo; e Diego Pérez Ordóñez, Coordenador Desportivo da Inspetoria Salesiana Espanha-Maria Auxiliadora.
Os participantes do Congresso foram distribuídos em grupos e destinados às diversas sedes. No início do dia, foram recebidos pelo presidente da Conferência Episcopal, Dom Juan José Omella, Arcebispo de Barcelona, que leu aos congressistas a mensagem que o Papa Francisco escrevera para eles.
Durante a manhã de sábado, após as saudações de abertura, abordaram-se vários desafios para a educação, ouvindo diversas pessoas e o subsequente eco dessas reflexões pelos palestrantes. Entre tudo o que foi apresentado, selecionaram-se alguns desafios, votados no final dos trabalhos. Foi um trabalho interessante que fornecerá pontos para serem trabalhados", conta o P. Bartolomé.
Pérez Ordóñez, por sua vez, acrescentou: “Fui matriculado no setor não formal (por causa do esporte) e, embora pouco se tenha falado sobre o esporte em si, como era de se esperar, foi uma manhã enriquecedora pela partilha e pela escuta das dificuldades que encontramos. Quando dizemos 'SOMOS IGREJA', o somos em cada um destes setores. Algumas ideias surgiram, como a de sair sem medo, com voluntários para realizar a ação pública da Igreja. Se o fizermos, seremos responsáveis na nossa ação pastoral. Deve-se notar que na esfera não formal (no esporte, nos grupos religiosos, no voluntariado...) há um importante impacto educativo. Isto nos faz refletir sobre a ideia de não deixar a gestão destas atividades extracurriculares a empresas externas, desconhecidas e sem identidade cristã. As escolas e as congregações devem tomar as rédeas destes tempos de falta de escolaridade”.
Após três apresentações, aprofundadas pelo Cardeal José Tolentino, Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, por Fernando Reimers, Diretor do Mestrado em “Políticas Educacionais Internacionais” da Universidade de Harvard e por Consuelo Flecha, Professora Emérita de História da Educação da Universidade de Sevilha, o dia terminou com a apresentação, “de forma agradável e visual, muito cuidada”, da síntese do trabalho de cada uma das nove áreas que foram trabalhadas: Escolas; Professores de Religião Católica; Professores cristãos; Centros de Educação Especial; Centros de Formação Profissional; Universidades e Centros Universitários; Escolas Secundárias e Residências Universitárias; Educação Não Formal, Voluntariado, Tempo Livre e Projetos Culturais; e Paróquia-Família-Escola.
Após um momento de oração, Alfonso Carrasco, Bispo de Lugo e Presidente da Comissão Episcopal de Educação e Cultura, afirmou ao concluir: “Sabemos que um pacto educativo global desejável só será possível se for reconhecida a centralidade da pessoa, com uma escuta recíproca e respeito por todos os envolvidos e os responsável pela educação, colaborando lealmente no âmbito da nossa sociedade e da sua legislação. É nesta direção que este Congresso quer contribuir. A presença e o compromisso da Igreja na educação já têm uma tradição secular. Queremos continuar a mantê-la no presente e no futuro, para o bem dos nossos filhos e filhas, mas também para o bem de toda a sociedade, enfrentando velhos e novos desafios”.
Fonte: Salesianos.info