Nascido em San Casimir no dia 4 de setembro de 1922, foi o terceiro de sete filhos. Conheceu os salesianos quando ainda era muito jovem, ao frequentar as escolas primárias e secundárias de Valência, e, mais tarde, o colégio São José, de Los Teques. Sua ida ao Noviciado salesiano, de Bogotá, foi, portanto, uma consequência. Após a formação religiosa e os estudos filosóficos e teológicos, foi ordenado sacerdote em Caracas, no dia 4 de setembro de 1949, por seu tio, o Arcebispo Dom Lucas Guillermo Castillo Hernández.
Em 1950, foi enviado a Turim para estudar Direito Canônico na Universidade Salesiana e, ali, em 1953, formou-se com nota máxima. Em setembro de 1954 tornou-se Professor da Faculdade de Direito Canônico, da Universidade Salesiana, onde lecionou durante onze anos, primeiro em Turim, até 1957, e, depois - com a transferência da Sede para Roma - até 1965.
Mente brilhante, grande estudioso e professor, dotado de espírito laborioso e hábil na concretização de novos projetos, não passou despercebido aos seus Superiores e nem mesmo pelas mais altas autoridades vaticanas, que ao longo dos anos sempre lhe confiavam tarefas novas e de responsabilidade cada vez maior.
Em dezembro de 1965 foi nomeado Inspetor da Venezuela, mas antes de completar dois anos no cargo foi chamado para servir, em 1967, como Conselheiro Regional para a América Cone Sul. Quatro anos depois, o Capítulo Geral Especial de 1971-72 (CG20) o elegeu Conselheiro Geral para a Pastoral Juvenil.
Mas, neste caso também, outro compromisso o impediu de completar o sexênio: de fato, em 26 de março de 1973, o Papa Paulo VI atribuiu-lhe o título episcopal de Precausa e enviou-o de volta à sua terra natal como Bispo Coadjutor de Trujillo. Recebeu a ordenação no dia da Festa de Maria Auxiliadora, 24 de maio de 1974, escolhendo ‘Misericordia et Veritas’ como lema episcopal.
Poucos meses depois, foi chamado de volta a Roma, para se tornar, a partir de 12 de fevereiro de 1975, Secretário da Pontifícia Comissão para a Revisão do Código de Direito Canônico (atual Dicastério para os Textos Legislativos). Posteriormente, tornou-se também membro da Pontifícia Comissão para a Interpretação dos Decretos do Concílio Ecumênico Vaticano II e consultor das Congregações para a Educação Católica e para os Sacramentos. Em 5 de outubro de 1981, foi nomeado Presidente da Comissão Disciplinar da Cúria Romana.
No dia 22 de maio de 1982, foi promovido Pró-Presidente da Pontifícia Comissão para a Revisão do Código de Direito Canônico e, em 26 de maio daquele mesmo ano, foi elevado a Arcebispo.
Após sua criação como Cardeal em 1985, e depois de deixar a condução do Dicastério para os Textos Legislativos (na época ainda Pontifício Conselho para a Interpretação dos Textos Legislativos), foi-lhe confiada, em dezembro de 1989, a Presidência da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA) e, posteriormente, também o da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano.
Foi sob a sua guia que começou a construção da atual “Casa Santa Marta”, no Vaticano, onde atualmente reside o Santo Padre Francisco.
Nunca esquecendo suas origens e sua terra, em diversas ocasiões criticou as tendências antidemocráticas do presidente venezuelano Hugo Chávez. De fato, nenhum representante do governo venezuelano assistiu ao funeral do Cardeal, falecido em Caracas, a 16 de outubro de 2007; participaram alguns Representantes de Governos Regionais não ligados ao presidente.