Após as orações matinais e a saudação à Assembleia pelo P. Justo Piccinini, Inspetor do Brasil-São Paulo e moderador do dia, a Sessão foi aberta logo cedo com a palestra do P. Miguel Ángel García Morcuende, Conselheiro Geral para a Pastoral Juvenil, sobre "Animação Vocacional e a Pastoral Juvenil como princípio inspirador e meta da Pastoral Juvenil Salesiana”. Ele apresentou os cenários possíveis nos quais a animação vocacional pode ser encontrada em cada Inspetoria e insistiu na necessidade de fortalecer a cultura vocacional através de uma pastoral que coloque os jovens em sintonia com o desejo de Deus para as suas vidas. Foram destacados três momentos de um processo: o anúncio, a proposta, o discernimento vocacional. O Conselheiro concluiu a apresentação dos três caminhos da cultura vocacional: rezar, viver, agir, que envolvem diversas iniciativas: para as Inspetorias, para as comunidades religiosas, para as Comunidades Educativo-Pastorais (CEP).
A seguir, o P. Alfred Maravilla, Conselheiro Geral para as Missões, abordou o tema: "Rumo ao 150º aniversário da primeira Expedição missionária, e além". O objetivo principal da reflexão foi compreender como aproveitar a realidade missionária da Região, com a proximidade do 150º aniversário (1875-2025) da chegada dos primeiros missionários enviados por Dom Bosco, e também como o voluntariado e a dimensão missionária pode ser uma oportunidade para a pastoral vocacional.
Ele disse que o espírito missionário é elemento salesiano constitutivo e parte essencial do "Da mihi animas..." que todo salesiano deve viver, explicando que a função essencial da animação missionária é manter vivo o espírito missionário em cada coirmão, Comunidade salesiana, CEP e Inspetoria, asseverando que a animação missionária está ligada àquela animação vocacional que se faz com todos os jovens.
Também esclareceu que a vocação missionária salesiana é um chamado de Deus dentro da vocação salesiana comum, à qual Deus só chama alguns salesianos. Disse também que é preciso valorizar a contribuição dos ‘voluntários missionários salesianos’, que se anima junto com a Pastoral Juvenil; e convidou a levar em conta o desafio ao qual as Inspetorias devem responder perante os apelos da Igreja em nível continental, especialmente no de Aparecida.
Por fim, apresentou o caminho da Congregação para os 150 anos da Primeira Expedição Missionária Salesiana, que terá como tema “Agradecer, repensar, relançar o espírito missionário”; e que visa manter vivo o espírito missionário de cada salesiano (ser) e não apenas das atividades missionárias (fazer).
Em seguida, o Reitor-Mor, P. Ángel Fernández Artime, e todos os participantes migraram a Buenos Aires. A primeira parada foi na paróquia e casa salesiana de "San Juan Evangelista", em La Boca. O Reitor-Mor e todos os convidados foram recebidos com grande entusiasmo pelos alunos da escola e pelo Diretor e Pároco, P. Alejandro León. Este último conduziu a visita à igreja, iniciada em 1872 e, em 1877, confiada aos Salesianos da Argentina.
“Estamos num lugar muito significativo para os salesianos. Não muito longe daqui fica o lugar onde desembarcaram os primeiros Filhos de Dom Bosco. Esta é a história, as origens, que nos animam a permanecer fiéis”, comentou o Reitor-Mor, depois de ter colocado algumas flores sob a estátua de Maria Auxiliadora. “Obrigado por sua bela e significativa presença. Sem as crianças, jovens e educadores, esta seria apenas uma visita turística. As paredes têm seu valor, mas são vocês que dão vida a elas”, acrescentou.
Por fim, citou o exemplo de Santo Artêmides Zatti: “Deus continua a abençoar seu povo e seu mundo, e o faz com meios simples; como um simples salesiano coadjutor, que viveu a sua vida servindo aos doentes e frágeis. É um convite às Inspetorias a continuarem a compreender que a santidade passa por um profundo ‘sentimento’ pelo Deus da vida a partir do qual se produz o serviço, de forma simples, como o viveu Zatti”.
À tarde, o Reitor-Mor e a Delegação salesiana se dirigiram à Basílica de Maria Auxiliadora, no bairro de Almagro, em Buenos Aires. “Esta é a igreja peregrina; aqui chegamos, como peregrinos, à nossa vida de Fé. Viemos ao encontro de Deus e dos braços da nossa Mãe. Aqui, cada visitante pode sentir-se uma como criança, amada e abençoada” - disse a Salesiana Cooperadora Graciela Bordín ao recebê-los.
Em seguida, convidou os presentes a visitar a basílica, começando pela Capela da Virgem, passando pelo Batistério e, por fim, pela Cripta, onde agradeceu a visita do Reitor-Mor: "Obrigada, P. Ángel, por ser Dom Bosco entre nós”.
Para concluir a visita vespertina à Casa inspetorial, o P. León convidou a todos a visitar as novas instalações da Sede do Arquivo Histórico Salesiano, de Buenos Aires, possível graças à colaboração do Reitor-Mor.
A última etapa do passeio foi a Igreja Pública "Mater Misericordiae" e a casa salesiana do bairro Congresso. Os participantes foram divididos em quatro grupos para poderem visitar com mais conforto o Museu Histórico sito junto à igreja. A visita ao museu terminou na igreja, onde, antes da S. Missa, foi projetado um mapa da chegada dos primeiros salesianos e da expansão da obra de Dom Bosco na Argentina.
Durante a homilia, o Reitor-Mor disse: “Todo o continente americano, de Ushuaia a Vancouver, de Montreal a Punta Arenas, está repleto de presenças salesianas. E isto não responde a um programa humano, a um plano estratégico... É Deus que está por trás deste grande sonho”.
E concluiu: “Que forte simbolismo! Espero que os nossos comunicadores sejam capazes de transmitir ao mundo inteiro que estamos juntos: o Conselho Geral, os Inspetores e Coirmãos do Conselho de todas as Inspetorias da América Cone Sul... Estamos simplesmente celebrando a vida deste sonho que, com a ajuda de Deus, queremos continuar: com o mesmo entusiasmo e a mesma paixão de tantos outros antes de nós. Deus nos abençoe! Dom Bosco siga zelando por sua Congregação e por sua Família Salesiana”.
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