Como foi o início dessas celebrações?
Nos dias 1-4 de setembro participei com o Secretário Geral, P. Stefano Vanoli, do início dos festejos em Punta Arenas. Estavam presentes o Inspetor com o seu Conselho, os Diretores das Comunidades salesianas, os Salesianos da região de Magalhães. Protagonistas foram os jovens e as comunidades educativas dos quatro Institutos dos Salesianos e das Filhas de Maria Auxiliadora da cidade. Juntos vivemos uma Eucaristia solene, uma rememoração histórica e uma cantata em honra de Mons. Fagnano. Reunindo-me com os jovens, lembrei que, de Dom Bosco a Mons. Fagnano e a Madre Angela Vallese, o sonho apostólico é o mesmo: “Fazer o bem aos meus coetâneos, à minha Gente, aos Povos que não conhecem o Evangelho”.
Momento culminante das celebrações?
Sábado, 3 de setembro, fizemos uma Concelebração em Puerto Natales e visitamos o Parque das Torres do Paine; domingo, 4, concelebramos a Eucaristia na Catedral de Punta Arenas, presidida por Dom Bernardo Bastres SDB, com uma homenagem no túmulo de Mons. Fagnano. A manhã se encerrou com o Desfile citadino dos quatro Institutos salesianos de Punta Arenas e pelos representantes dos dois de Puerto Natales. Mas o verdadeiro ‘momento culminante’ será a Visita do mesmo Reitor-Mor, no próximo mês de março.
O que lhe impressiona mais nessa figura missionária?
Quando Mons. Fagnano chegou a esse lugar, Punta Arenas tinha 1.500 habitantes; hoje conta 140.000. Só o zelo apostólico impeliu os missionários a empenhar-se nessas pobres terras por entre: numerosas dificuldades para se locomover, conflitos com os colonizadores, construções, pobreza... Mons. Fagnano expendeu mais de trinta anos da sua vida à Patagônia austral, dedicando-se particularmente à promoção humana e à evangelização dos indígenas. Aquém do Estreito de Magalhães tinha construído obras educativas e missionárias, que viraram a seguir cidades e povoados; Para além do Estreito, no arquipélago da Terra do Fogo, ergueu vilas em favor das tribos locais. O seu empenho missionário não conseguiu deter o declínio e a extinção dos indígenas. Mas permanece um grande exemplo de dinamismo evangelizador, também para nós hoje.
Como viu desde o Chile o empenho missionário da Congregação?
Mais de uma vez ressoaram em mim as palavras do nosso Reitor-Mor que sublinha que a nossa Congregação é missionária e deve retomar mais que nunca o ímpeto missionário. A vocação missionária suscita generosidade, atrai jovens, impele à doação de si. A lembrança da figura de Mons. Fagnano e da sua história fará bem ao Chile e também à Congregação. Para nós hoje é urgente construir comunidades internacionais, onde a experiência intercultural se torne testemunho evangélico-profético de fraternidade, de acolhida às diferenças, de comunhão.
Pôde conhecer também outras realidades salesianas no Chile?
Encontrei-me com coirmãos salesianos, jovens e leigos, em Iquique, ao norte; em Concepciòn; em Punta Arenas; e em Santiago. Encontrei-me também com os Diretores e com o Conselho inspetorial. Juntos avaliamos a caminhada da Congregação depois do CG27. Encontrei uma Inspetoria viva e que se empenha por trabalhar entre os jovens pobres. Este Centenário aumentará ainda mais o impulso apostólico.