Concelebrou a Eucaristia o Reitor-Mor dos Salesianos, P. Ángel Fernández Artime; o Postulador Geral para as Causas dos Santos da Família Salesiana, P. Pierluigi Cameroni; o P. Gabriel Romero, Conselheiro para a Região América Cone Sul; o P. Manuel Cayo, Inspetor do Peru; o P. Ricardo Campoli, do Setor da Comunicação Social; o Reitor da Igreja Nacional Argentina em Roma, P. Fabián Alesso; e outros sacerdotes, salesianos e não.
Entre os Fiéis presentes, a Embaixadora argentina junto à Santa Sé, María Fernanda Silva; o Embaixador da Ucrânia junto à Santa Sé, Andrey Yurash; o Decano do Grupo América Latina e Caribe junto à Santa Sé e Embaixador de El Salvador, Manuel López; o Secretário do Culto da Argentina, Guillermo Oliveri e Dom Guillermo Karcher, do Secretariado de Estado da Santa Sé.
Durante a Eucaristia, o purpurado argentino mencionou o valor da Concelebração feita, "ocasião propícia para apresentar a Deus a gratidão da nossa pátria argentina, da Itália e da Congregação Salesiana, uma vez que ontem este nosso irmão, Artêmides Zatti, foi elevado às honras dos altares pelo Papa Francisco. Artêmides Zatti é Santo!"
Referindo-se aos Fiéis presentes, também observou: "Nós o sentimos próximo porque sua história, pelo menos no início, é semelhante à de muitos de nós, assim como o é para a Família do Papa Francisco e para a minha".
Em seguida, analisando os detalhes da celebração da Missa com o Rito de Canonização de ontem, mencionou algumas "coincidências admiráveis que Deus põe em nosso caminho", como a circunstância que levou Zatti, um imigrante com sua Família à Argentina, a ser canonizado junto ao Apóstolo dos Migrantes, São João Batista Scalabrini.
Ele também traçou um paralelo entre a figura do samaritano leproso, curado e agradecido, apresentada pelo Evangelho do XXVIII Domingo do Tempo Comum e a figura de Artêmides Zatti: "O Papa Francisco falou de Zatti como de um santo, que é exemplo vivo de gratidão, a mesma virtude manifestada pelo samaritano curado. O nosso novo santo, ao ser curado da tuberculose que contraíra ao atender um salesiano afetado pela doença, prometeu a Maria Auxiliadora que, caso se curasse, consagraria toda a sua vida aos doentes, promessa que cumpriu até o último dia de sua existência. (….) Mais que ‘curador’, Zatti se reconhecia um ‘curado’ ”.
Ainda sobre Zatti, lembrou o Cardeal que "a razão de sua existência era a caridade", que seu objetivo era "ser destinatário do cuidado de Deus, Pai de todos, e tornar-se sinal de Sua luz", com um testemunho “que era capaz de desarmar até os mais incrédulos”. Resumiu por isso a sua ação como "heroica na vida cotidiana, de uma bondade genuína e contagiante, sem interesse e, por isso, fecunda".
"Se tivéssemos que escolher uma imagem para simbolizar Zatti - acrescentou - acredito que a mais fiel o retrataria em sua bicicleta, meio com que costumava visitar os necessitados, pobres e ricos, levando numa mão a bolsa de remédios e, na outra, o rosário: por um lado, a ciência humana com suas descobertas para erradicar as doenças e, por outro, o apelo de um filho ao Pai para obter todas as graças. Eis a síntese de um homem, de um religioso, de um santo”.
Após citar o salesiano Dom Esteban Laxague, Bispo de Viedma – cidade argentina em que Zatti exerceu suas décadas de serviço - para recordar quanto a figura de Zatti ainda esteja viva e presente hoje - o Card. Sandri invocou a intercessão do novo santo pela Argentina, pela Congregação Salesiana e, especialmente, por seus Irmãos Coadjutores, pelos Profissionais da saúde, pelo Papa e por toda a Igreja. “Sua intercessão nos inspire a todos no cumprimento da missão cotidiana que nos é exigida” - concluiu.
No final da Missa, o P. Campoli entregou alguns presentes, em nome do Reitor-Mor, às Autoridades: a biografia “Artêmides Zatti, Salesiano Coadjutor. Ao Céu pedalando”, organizada pelo P. Cameroni; uma relíquia ‘ex indumentis’; e o livro "Dom Bosco em Roma", um guia aos lugares do Santo da Juventude na Cidade Eterna.
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