Para que a visita pudesse ser feita apenas como observação, os voluntários da Operação Mato Grosso adquiriram ‘kits’ para serem distribuídos às crianças recém-nascidas. Também os benfeitores da Paróquia Imaculada Conceição, da cidade de Bilac (SP) enviaram alimentos para serem distribuídos nas aldeias mais carentes. “Por meio dessas parcerias que a gente consegue chegar nas aldeias, por meio da Missão Salesiana e pode fazer alguma coisa de bom por essas populações carentes. Obrigado a todos os parceiros que somam conosco nessa missão”, destacou o diácono salesiano. “Lá na aldeia Santa Helena teve distribuição de roupas e alimentos e também fizemos um sopão lá com bastantes legumes, cenoura, beterraba, batata, macarrão, carne moída, (que foi) entregue para as crianças e para a comunidade”, informou.
As crianças recém-nascidas da aldeia Betânia receberam um kit, com roupas, alimentos e material de higiene, preparado pela equipe da Pastoral da Criança de Campinápolis. No mesmo local, a equipe do projeto AMA trocou a fonte de alimentação da bomba d’água do poço artesiano, que era de energia solar, para um sistema elétrico. “Tivemos essa atividade na Aldeia Betânia, depois nós passamos na Aldeia São Francisco, onde com o grupo da Operação Mato Grosso, com a Missão Salesiana em conjunto o Projeto AMA, perfuramos uma cisterna, instalamos lá uma bomba e construímos um sistema de caixa d’água. No final, ainda distribuímos alguns alimentos, pães e outras coisas”, revelou o salesiano.
Os casos mais preocupantes estão na aldeia Teihidzatsé, a última a ser visitada pela equipe. Lá, a Pastoral da Criança faz o acompanhamento nutricional das crianças com a pesagem e distribuição de alimentos. “Nessa aldeia estamos acompanhando o caso de uma criança que está em um quadro de desnutrição. A gente entra com o apoio a essa criança levando alimentos como beterraba, cenoura, batata, macarrão, carne moída e alguma vitamina, algum leite, que vem contribuir com essa criança para recuperação desse peso”, destacou José Alves.
O trabalho desenvolvido nas terras indígenas, além de socorrer os mais necessitados é um motivo de grande alegria para todos os que se envolvem voluntariamente. “Amei poder partilhar alguns momentos com nossos irmãos indígenas Xavante. Poder celebrar, alegrar, levar um pouco de amor e esperança a esse povo tão sofrido”, avaliou a Coordenadora regional da Pastoral da Criança de Mato Grosso, Izabel Silveira Dias.
Também o jovem voluntário, Kaique Lima Silva, que acompanhou a atividade, voltou satisfeito. “Estivemos em diversas aldeias da região, onde se podem verificar dificuldades básicas, como água e alimentos. Foi uma boa experiência de vida, foi possível ter uma ideia do dia a dia e a extrema necessidade de auxílio para preservação da cultura e sobrevivência do povo indígena”, avaliou.
EUCLIDES FERNANDES BRITES
Delegado Inspetorial para Comunicação Social - MSMT