Marcaram presença na cerimônia de assinatura do convênio alguns salesianos e educadores da escola, a Presidente do INISA, Rosana de Olivera Méndez, a Diretora, Andrea Venosa, funcionários do Instituto e a Diretora Geral da sociedade financeira “Unión Capital Afap”, Maria Dolores Benavente.
“Este evento nos conecta à nossa missão salesiana”, comentou o P. Marcelo Fontona SDB, que assinou representando as Escolas Profissionais e o “Talleres Don Bosco”. O religioso recordou que a missão de Dom Bosco, fundador dos Salesianos, começou por dedicar-se aos adolescentes e jovens presos, em Turim, em 1840: “Esta passagem nos enche de alegria pela possibilidade que oferece a estes jovens, para os quais queremos gerar outras oportunidades de vida”, acrescentou o salesiano antes de lembrar que, em Salto, no Uruguai, os salesianos há 20 anos desenvolvem um projeto semelhante, que inclui liberdade assistida e medidas socioeducativas não detentivas com jovens sinalizados pelo judiciário, com o objetivo de auxiliá-los a gerar e construir um projeto de vida.
O acordo – também assinado pela “Unión Capital Afap”, que incluiu a iniciativa em seu vasto plano de ações de responsabilidade social – permitirá, numa primeira fase, que dez jovens dos diversos centros do INISA possam frequentar o curso de mecânica para veículos movidos a gasolina; mas já existe uma lista de espera de outros jovens que pretendem trilhar este caminho, definido pela Presidente do INISA, um "sucesso admirável" visível pelo entusiasmo que despertou nos adolescentes. "Estar motivado é fundamental", disse ele.
“Estou muito feliz. Hoje é um dia muito importante. Estamos inovando. É a primeira vez que assinamos um acordo com 'Talleres Don Bosco'”, comentou a Dra. de Olivera Méndez. “’Talleres Don Bosco’ goza de grande prestígio e no INISA temos a missão e o compromisso de dar a estes adolescentes, que têm histórias de vida difíceis e traumáticas, a oportunidade de encontrar a sua vocação”.
“Em vista da previsão de saída, temos a responsabilidade de deixar a estes jovens uma rede que inclui a saúde e a família (para que possam regressar ao seu meio), além da formação e da possibilidade de entrada no mercado de trabalho. Se não oferecermos a eles a oportunidade de deixar a instituição munidos de uma verdadeira formação, que permita encontrar um trabalho digno, é difícil que possam se manter”, acrescentou.
“Sabemos que, no 'Talleres Don Bosco', além da formação técnica, se formam em valores, disciplina, pontualidade, cidadania. Eles precisam de apoio para que (visto que o crime não é um caminho válido) possam empreender outros caminhos para serem bons cidadãos”, concluiu.
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