Espanha – O bispo que administra remotamente sua diocese no Congo, devido ao Covid-19: "A missão é uma tarefa comum da Igreja"

(ANS – Madri) – Dom Miguel Ángel Olaverri, salesiano, Arcebispo de Pointe-Noire (República do Congo) foi surpreendido pelo fechamento das fronteiras quando se encontrava em Paris. Ele ainda não conseguiu retornar à sua Arquidiocese, mas conseguiu viajar para a Espanha, seu país de origem, de onde apresentou o Relatório das Atividades de 2019 das Pontifícias Obras Missionárias. Ele afirma que a missão é "uma tarefa comum da Igreja", razão pela qual o ebanho de fiéis que lhe foi confiado contribui, apesar da pobreza, com as necessidades da Igreja universal. No ano passado, as contribuições arrecadaram 10.000 euros.

Durante a pandemia, o arcebispo salesiano precisou administrar sua Arquidiocese do exterior, vivendo este período "com muita dor". Surpreendido pelo fechamento das fronteiras quando se encontrava na França, apenas recentemente conseguiu entrar na... Espanha, enquanto na nação africana, que se tornou sua casa, as fronteiras ainda estão fechadas.

Graças à Internet e ao WhatsApp, "pude manter um contato diário com meu vigário geral, com meu secretário e com o ecônomo", explicou ele numa entrevista concedida à ‘Alfa y Omega’. Ele manteve contato também com seus fiéis, falando duas vezes por semana na Rádio Maria, que "foi um meio de comunicação muito importante, o único durante o confinamento".

Na segunda-feira, 6 de julho, Dom Olaverri, participou da conferência de imprensa para a apresentação do Relatório das Atividades de 2019 das Pontifícias Obras Missionárias (POM). Em 2019, Pointe-Noire recebeu 45.000 euros das POM para a administração diocesana, a construção de salas de catecismo ou casas para o clero, o estabelecimento de novas paróquias na floresta ou nos bairros periféricos, o apoio aos novos conventos e formação de catequistas. O último item refere-se, em particular, aos 200 catequistas das áreas rurais da diocese, uma vez que "é muito mais difícil manter contato com eles", enquanto os 700 que atuam em áreas urbanas podem contar com o apoio de suas paróquias.

Com a contribuição das POM, "a cada ano são realizadas diversas sessões de formação e pagas as viagens dos catequistas", explica o arcebispo. Eles também recebem materialo, como uma nova edição do Novo Testamento na língua kituba e também uma "ajuda de custo por visitarem as aldeias a pé".

Além destas ações ordinárias, o bispo salesiano ainda solicitou ajuda para poder acompanhar três comunidades religiosas que vivem isoladas e que, além de passar por grandes dificuldades, estão comprometidas em servir a população com alimentos e medicamentos.

Mas o arcebispo enfatiza que essa ajuda não é unidirecional, da Europa à África e outras áreas menos desenvolvidas. "No ano passado, contribuímos com 10.000 Euros para o fundo das POM. Procuramos conscientizar as pessoas dizendo que a missão é uma tarefa conjunta da Igreja".

María Martínez López

Fonte: Alfa y Omega

InfoANS

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