Com a metafísica, abrimos uma porta indispensável para filosofar nestes tempos do nosso acontecer, com as circunstâncias próprias da nossa época.
Falar de Romano Guardini, neste contexto particular da Antropologia Filosófica, é uma grata tarefa que ofereço, na linha da reflexão e da compreensão do mistério da pessoa humana na escola do personalismo dialógico.
A melhor apresentação de Romano Guardini vem da mão de Josef Ratzinger, outrora aluno de Guardini e herdeiro dessa forma tão particular de construir a teologia e a filosofia de cunho alemão. Fiquemos com este parágrafo do Papa Bento XVI:
«Guardini notava tal anseio pela verdade e a propensão para o que é originário e essencial, sobretudo nos jovens. Nos seus diálogos com a juventude, particularmente no Castelo de Rothenfels, que nessa época graças a Guardini era o centro do movimento juvenil católico, o sacerdote e educador promoveu os ideais do movimento juvenil, como a autodeterminação, a responsabilidade própria e a disposição interior para a verdade; ele purificou-os e aprofundou-os. Liberdade. Sim, mas só é livre — dizia-nos — aquele que “é completamente o que deve ser, segundo a sua natureza [...] Liberdade é verdade” (Auf dem Wege, S. 20). A verdade do homem é, para Guardini, essencialidade e conformidade com o ser. O caminho leva à verdade, quando o homem põe em prática “a obediência do nosso ser em relação ao ser de Deus” (Ibid., S. 21). Isto se verifica, em última análise, na adoração, que para Guardini pertence ao âmbito do pensamento».
O autor, José Enrique Sobrero Bosch, SDB, afirmou: “Espero que as consequências desta opção personalista favoreçam nosso espírito crítico e especialmente aumentem nossa visão sobre o mundo com olhos sempre renovados e atentos à realidade na busca da verdade”.
A pessoa em Romano Guardini
A cátedra Antropologia Filosófica do Instituto Superior Dom Bosco da cidade de Luanda em Angola, possui uma orientação marcadamente metafísica. Perante uma eleição dos conteúdos fundamentais sobre a Filosofia do homem, uma visão metafísica visa colocar os alicerces onde construir uma fenomenologia do ser humano. Nesta perspectiva, inscreve-se o presente trabalho de recolha de alguns temas desenvolvidos por Romano Guardini e traduzidos na língua portuguesa.
Com a metafísica, abrimos uma porta indispensável para filosofar nestes tempos do nosso acontecer, com as circunstâncias próprias da nossa época.
Falar de Romano Guardini, neste contexto particular da Antropologia Filosófica, é uma grata tarefa que ofereço, na linha da reflexão e da compreensão do mistério da pessoa humana na escola do personalismo dialógico.
A melhor apresentação de Romano Guardini vem da mão de Josef Ratzinger, outrora aluno de Guardini e herdeiro dessa forma tão particular de construir a teologia e a filosofia de cunho alemão. Fiquemos com este parágrafo do Papa Bento XVI:
«Guardini notava tal anseio pela verdade e a propensão para o que é originário e essencial, sobretudo nos jovens. Nos seus diálogos com a juventude, particularmente no Castelo de Rothenfels, que nessa época graças a Guardini era o centro do movimento juvenil católico, o sacerdote e educador promoveu os ideais do movimento juvenil, como a autodeterminação, a responsabilidade própria e a disposição interior para a verdade; ele purificou-os e aprofundou-os. Liberdade. Sim, mas só é livre — dizia-nos — aquele que “é completamente o que deve ser, segundo a sua natureza [...] Liberdade é verdade” (Auf dem Wege, S. 20). A verdade do homem é, para Guardini, essencialidade e conformidade com o ser. O caminho leva à verdade, quando o homem põe em prática “a obediência do nosso ser em relação ao ser de Deus” (Ibid., S. 21). Isto se verifica, em última análise, na adoração, que para Guardini pertence ao âmbito do pensamento».
O autor, José Enrique Sobrero Bosch, SDB, afirmou: “Espero que as consequências desta opção personalista favoreçam nosso espírito crítico e especialmente aumentem nossa visão sobre o mundo com olhos sempre renovados e atentos à realidade na busca da verdade”.
Rubricart Editora, 164 paginas
