Às 14h do dia 28 de setembro, portanto, o Reitor-Mor dos Salesianos, P. Ángel Fernández Artime abençoará esse novo espaço, na presença de 17 inspetores de todo o mundo, 13 missionários que regressaram para frequentar cursos de reciclagem na Itália e 36 novos missionários em partida, acompanhados pelo presidente da Missioni Don Bosco, Giampietro Pettenon.
"Este pequeno museu fala de encontros", explica Elisabetta Gatto, etnóloga e curadora do novo espaço cultural para as Missões Dom Bosco, “encontros entre os missionários salesianos e as populações com as quais, desde a primeira expedição à Patagônia, em 1875, eles entraram em contato. Testemunhas destes encontros são os objetos que os missionários trouxeram para a Itália e que fazem parte das coleções do Museu Etnológico Missionário do Colle Dom Bosco”.
Na exposição é possível conhecer ferramentas, móveis, roupas, ornamentos, frutos da criatividade que cada grupo humano usou para adaptar-se ao ambiente, transformando os recursos disponíveis em objetos necessários para a vida cotidiana e a realização de práticas culturais e rituais.
O mapa do museu é organizado por áreas geográficas; é possível aprofundar a visita escolhendo os itinerários temáticos por assunto, disponíveis nos áudios guias. Longe de abranger toda a presença capilar das missões salesianas no mundo, este espaço museológico representa uma vitrine das mais significativas presenças salesianas ao lado dos povos indígenas e a tutela das diferentes tradições culturais.
A visita começa pela Patagônia e a Terra do Fogo, destinos da primeira expedição missionária salesiana em 1875. Os objetos expostos representam um importante testemunho de algumas culturas e populações já extintas; os artefatos coletados pelo P. Borgatello em 1911 e pelo P. De Agostini em 1932 podem hoje ser consideradas peças únicas.
A visita prossegue na vitrine dedicada aos Shuar do Equador (lembremo-nos da obra particularmente significativa do Padre Bolla), os Yanomami da Venezuela (a obra do P. Cocco é preciosa), as populações do Rio Negro, os Bororó, os Xavante e os Carajá do Brasil, para depois chegar aos Nagas do nordeste da Índia. Três das vitrines são também dedicadas à China, Japão e Oceania. O percurso se conclui próximo às duas vitrines dedicadas ao continente africano.
O museu abre-se para o contemporâneo, graças à documentação contida no telão, que atesta o atual compromisso dos missionários salesianos ao redor do mundo em favor dos mais desfavorecidos e dos mais necessitados. O visitante também poderá explorar algumas realidades das presenças salesianas nos cinco continentes em um monitor, contadas por meio de pequenos vídeos e fotografias.