Como foi realizada a eleição para o Conselho Consultivo?
Participei do "Fórum Internacional da Juventude" por recomendação da Conferência Episcopal Católica do Japão, e compartilhei a situação pastoral japonesa, especialmente da juventude católica e falei sobre as atividades salesianas e as iniciativas da ONG, de que faço parte, e é muito ativa no Japão.
Em outubro, recebi uma carta do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. Nela havia um convite para participar deste novo projeto, liderado pelo Papa Francisco, cujo objetivo é continuar promovendo o processo sinodal entre os jovens católicos depois do Sínodo sobre jovens de 2018 e a publicação da ‘Christus Vivit’.
Qual foi o seu envolvimento no processo sinodal?
No "Fórum Internacional da Juventude", que contou com a participação de outros 100 jovens de todo o mundo, falei sobre o Japão, que se encontra atualmente numa encruzilhada, acolhendo muitos estrangeiros e vendo suas igrejas locais se tornarem multiculturais. No Japão, estamos caminhando em direção a uma nova dimensão de evangelização, com muitas informações difundidas nas redes sociais e muitas questões abertas em níveis local e global.
Este processo também foi comentado pelo Papa Francisco em vários momentos de sua recente visita ao Japão e nos ajudará a mudar a atitude da Igreja para uma abertura maior em relação à diversidade.
O que você pensa da ‘Christus Vivit’?
Eu li a ‘Christus Vivit’ e penso que se trate de um convite corajoso aos jovens, no sentido de que confiem mais e sejam mais criativos e proativos. O Papa Francisco escreve aos jovens que "sejam protagonistas da revolução da caridade e do serviço" (CV 174). Isso me marcou bastante e ouvi dizer, no fórum, que vários outros participantes assim se sentiram.
O que você espera da primeira reunião do Conselho Consultivo, prevista para abril de 2020?
Espero que possamos trabalhar nas questões pastorais de cada país, por meio de uma plataforma comum, um site, para compartilhar nossos diferentes desafios pastorais locais. Podemos realizar intercâmbios de voluntários e inspirar-nos, uns nos outros, em diversos pontos de vista. Este conselho permite que todos possamos fazer a experiência de "dar" às comunidades internacionais e estas experiências tornarão o Japão mais proativo, na caridade e na escuta do que Deus quer.
O Conselho Consultivo Internacional da Juventude será uma das sedes para discutir os pedidos dos jovens católicos e compartilhar suas opiniões com a Santa Sé.