Cecília é a primeira boliviana a assumir este cargo. Seu sobrenome, atípico na região, vem do avô alemão. Mas ela nasceu e cresceu em Santa Cruz. Terceira de quatro irmãos e única mulher, recebeu educação católica e o carisma salesiano de seus pais. "Eles sempre me disseram que, em meu coração, sou salesiana... Quando eu tinha dúvidas vocacionais, eles me aconselhavam a falar com Deus. A vida consagrada me intriga, mas creio que posso aproveitar melhor meus talentos como leiga" – esclarece Cecília aos 30 anos.
Como responsável da Comissão de Irmandade, Cecilia prioriza o cultivo dos laços entre a Bolívia e as duas Dioceses benfeitoras alemãs de Trier e Hildesheim.
Os projetos com os quais a Comissão lida são muitos, e diversificados entre si. Há projetos nacionais, diocesanos e locais. Cecilia admite que não é fácil resumir todas as iniciativas apoiadas; mas aponta, orgulhosa, uma estatística: "cerca de 80% de todos os projetos sociais na Bolívia são realizados pela Igreja Católica. E nós estamos envolvidos em 50% desses projetos. Este número aponta para a importância do nosso trabalho”.
Recentemente visitou um projeto de formação agrícola para comunidades na floresta e que só podem ser alcançadas atravessando o rio. Outro projeto envolveu a doação direta de 10.000 euros da diocese de Trier para apoiar o combate a incêndios florestais na região da Amazônia boliviana.
Atualmente Cecilia está envolvida, junto com os representantes das dioceses de Trier e Hildesheim, num processo de avaliação das diretrizes dos últimos dez anos e na definição das novas diretrizes para a gestão 2020-2030. E já está trabalhando na preparação dos festejos pelos... 60 Anos de Colaboração.