Vaticano – É Venerável o Cardeal Hlond SDB, perseguido por nazistas e comunistas

22 maio 2018

(ANS – Cidade do Vaticano) – No dia 19 de maio último, o Papa Francisco, recebendo em audiência o Cardeal Angelo Amato SDB, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, autorizou a mesma Congregação a promulgar, junto com outros, o Decreto relativo às virtudes heroicas do SdeD Dom Augusto José Hlond, da Sociedade Salesiana de São João Bosco, nascido em 5 de julho de 1881, em  Brzęczkowice (Polônia), falecido em Varsóvia (Polônia) no dia 22 de outubro de 1948.

Segundo de onze filhos, seu pai era operário ferroviário. Recebida dos pais uma fé simples, mas forte, fez-se religioso salesiano. Ordenado sacerdote em 1905, dedicou-se solicitamente aos Jovens, especialmente aos mais pobres, com o carisma de Dom Bosco. Vive no meio do povo, partilha alegrias e sofrimentos das pessoas mais simples. Mas chama a atenção também do Papa Pio XI, que lhe confia a missão de prover à sistematização religiosa da Silésia polonesa: da sua mediação entre alemães e poloneses, nasce em 1925 a Diocese de Katowice, de que se torna Bispo. Em 1926 é Arcebispo de Gniezno e Poznań e ‘Primaz’ da Polônia. No ano sucessivo o  Papa o faz Cardeal. Em 1932 funda a Sociedade de Cristo para os emigrados poloneses, com a finalidade de prestar assistência aos tantíssimos compatriotas que deixavam o País.

Em março do 1939 participa do Conclave que elege Pio XII. Em 1º de setembro do mesmo ano, os nazistas invadem a Polônia: inicia a Segunda Guerra Mundial. O Cardeal levanta a voz contra as violações dos Direitos Humanos e da Liberdade Religiosa perpetradas por Hitler. Obrigado ao exílio, refugia-se na França, denunciando as perseguições contra os Judeus na Polônia. A Gestapo o prende e o faz internar antes na Lorena e depois na Westfália. Libertado pelos Aliados, volta em 1945 à Pátria, onde porém se defronta com o comunismo. Com coragem defende os Poloneses da opressão ateia marxista, escapando outrossim de alguns atentados. Morre em 22 de outubro de 1948 de pulmonia, aos 67 anos.

O cardeal Hlond foi uma pessoa virtuosa, um luminoso exemplo de religioso salesiano e de pastor generoso, austero, dotado de visões proféticas. Obediente à Igreja e firme no exercício da autoridade, demonstrou humildade e constância nos momentos de maior prova. Cultivou a pobreza e praticou a justiça para com os pobres e necessitados. As duas colunas da sua vida espiritual foram, na escola de São João Bosco, a Eucaristia e Nossa Sra. Auxiliadora.

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