Por Roberto Alessandrini.
Que significa ser família, hoje?
Como sacerdote empenhado na pastoral, posso afirmar que ser núcleo familiar é hoje uma coisa entusiasmante. E isso apesar das dificuldades, também antropológicas. (Atualmente no conceito de família se quis entrasse também um componente diverso, relativamente ao tradicional.)
Quais hoje as dificuldades das famílias?
- Uma primeira é a mentalidade individualista, mediante a qual nos fechamos em nós mesmos: acho ao invés que entre os componentes familiares deveria estar a vontade de estar juntos e de crescer, sem forçosamente tomar como exemplo a família patriarcal de um tempo. Os núcleos familiares têm necessidade de confrontar-se e fazer experiência dos outros.
- Outro obstáculo é não serem ainda reconhecidas como sujeitos sociais. Muitos jovens não têm um emprego e não podem criar novos núcleos familiares. Mas faço questão de dizer que a vontade e a vocação de casar não faltam.
Relativamente aos núcleos familiares do passado, que nota de positivo, a mais, hoje?
O relacionamento entre marido e mulher hoje é mais paritário, com um intercâmbio de papéis que fortifica o casal e o torna unido e indissolúvel; e dá-se mais espaço à afetividade. Entretanto, o essencial é que a família não seja apenas um ninho mas também uma agência educativa.
https://www.infoans.org/pt/component/k2/item/1513-italia-as-familias-de-hoje-menos-numerosas-e-cheias-de-afetividade#sigProIda246d4e885
De que modo o 'Borgo Ragazzi Don Bosco' acompanha e ajuda as famílias?
O Centro é uma grande comunidade que leva à frente muitas atividades, como: a Festa da Família, que se realiza todos os anos no mês de maio; além disso, alguns nossos agentes, adequadamente preparados, ajudam os núcleos familiares no relacionamento com os próprios filhos, também com a contribuição de sacerdotes e psicólogos; há depois um grupo de famílias, nascidas aqui no ‘Borgo’, chamado “Radici di Bosco” (literalmente, ‘raízes de «bosque»’, mas é clara a referência ao centro ‘Borgo Don Bosco’: então, ‘Raízes de «Bosco»’.NdoT.): o grupo partilha uma caminhada comum, através de formação espiritual, humana, de confronto sobre alguns temas; criou-se, mais recentemente, também um grupo que elabora iniciativas (congressos, reuniões, encontros...) acerca do relacionamento conjugal ou dos Pais com os Filhos; e, para terminar, muitas famílias empenham-se todos os anos na animação da colônia de férias “Verão Jovem”.