Dom Ernesto Coppo nasceu em 6 de fevereiro de 1870, há pouco mais de 150 anos, no bairro Stevani de Rosignano. Iniciou seus estudos na Casa que Dom Bosco havia aberto em Borgo San Martino. Entre seus companheiros, estava o jovem Pedro Ricaldone, de Mirabello. Ali, os dois encontraram Dom Bosco: um encontro que marcaria suas vidas.
No ano seguinte, entrou para o noviciado salesiano de Foglizzo e, em 4 de outubro de 1894, emitiu a profissão perpétua nas mãos do Bv. P. Miguel Rua. Em 1898, à frente de um grupo de sacerdotes salesianos, desembarcou em Nova York, EUA, para realizar um complexo e corajoso apostolado a serviço dos migrantes que iam aos Estados Unidos em busca de um futuro melhor. “Vinte anos de missão concentraram todas as forças do P. Coppo a serviço dos emigrados e de seus jovens, tanto do ponto de vista religioso quanto social e civil” – recordaria o P. Ricaldone anos depois. Muitas outras as cidades americanas que viram o exemplo de Nova York, onde o P. Coppo iniciou a ação pastoral salesiana.
Este impulso de fé e serviço ao próximo mais necessitado levou-o, em 1923, à Austrália, ao Vicariato Apostólico de Kimberley. Bispo consagrado em Turim, partiu para Kimberley para estar entre os indígenas. Foram anos de intenso trabalho pastoral: visitou aldeias e famílias, deu impulso às urgências humanas por trabalho, formação, desenvolvimento , Evangelho. A experiência organizacional e pastoral aprendida nos Estados Unidos estava sendo colocada à disposição do povo australiano.
De volta à Itália, tornou-se um extraordinário animador para as Missões. O P. Ricaldone, que havia se tornado Reitor-Mor, costumava lembra-lo assim: “Dom Coppo gostava de se declarar um velho Bispo missionário e, com insistente zelo, convidava seus ouvintes a pensarem nas necessidades da Igreja nas missões mais remotas”.
Ele viveu o magistério sacerdotal até o último instante, encerrando a sua existência terrena em Ivrea, em 28 de dezembro de 1948, aos 78 anos.
Sua cidade natal, à qual Dom Coppo retornou diversas vezes, em 2020 comemorou o 150º aniversário de seu nascimento, celebrando-o como um exemplo de dedicação missionária e paixão evangelizadora de enorme relevância pelo trabalho inteligente entre os migrantes na América, pelo apoio e promoção dos povos indígenas australianos, pela caridade paciente e acolhedora com todos aqueles com quem se encontrou, também na Itália.