Argentina – “Gerar processos, mais do que dominar espaços”: Mamãe Margarida e as mães do Oratório
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07 julho 2017

(ANS – Buenos Aires) – Existe uma atitude correta ou preferível da parte dos pais na educação dos filhos? Em Amoris Laetitia, o Papa Francisco diz: “A família não pode renunciar a ser lugar de apoio, acompanhamento, guia, mesmo se deva reinventar os seus métodos e encontrar novos recursos (...). O abandono nunca faz bem (...). Contudo, a obsessão não é educativa (...). Ou seja, trata-se de gerar processos mais do que dominar espaços. Se um dos pais tem a obsessão de saber onde está o filho e controlar todos os seus movimentos, só procurará dominar o seu espaço. Dessa forma, não o educará” (n. 260-261).

P. Juan Picca, SDB

O Papa afirma que não é importante saber onde o filho está fisicamente ou com quem esteja num dado momento, mas saber onde está nas suas convicções, nos objetivos, nos desejos e no projeto de vida.

A missão dos pais compreende a educação da vontade e o desenvolvimento de bons hábitos e de inclinações afetivas em favor do bem.

Em 1846, já existia o Oratório de Valdocco, quando Dom Bosco num certo momento ficou doente de uma séria doença pulmonar e precisou voltar à casa de sua mãe nos Becchi. Quando retornou, porém, não estava sozinho. Ao seu pedido, também Mamãe Margarida foi com ele. Com 58 anos, Margarida fez uma nova opção. O Oratório será o lugar no qual Margarida gastará os últimos dez anos da sua vida, pelos seus “filhos oratorianos”. Depois, Deus deu ao Oratório outras mulheres que seguiram os passos de Mamãe Margarida, que disseram o seu “sim” e puseram à disposição dos jovens de Dom Bosco o seu ser mulheres. O Oratório assumiu uma fisionomia e uma sensibilidade familiares mais concretas e palpáveis com Mariana Occhiena, irmã de Margarida, Joana Maria Rua, Joana Maria Magone, a mãe de Tiago Bellia e de Margarida Gastaldi...

Alguém se perguntará: “o que faziam estas mães?”. Mariel Giordano explica-o corretamente quando diz: “Nada mais do que uma mulher com coração de mãe para arrumar as crianças com roupas limpas e o leito para um bom repouso, para criar nelas hábitos de limpeza e ordem como parte da sua formação e cuidado”.

Uma tarefa humilde, mas sem dúvida inestimável no processo educativo.

InfoANS

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